Bom e barato


Há vinhos bons e baratos, é preciso conhecer ou ter sorte. Já aqui apresentámos vinhos muito baratos e bons, mas também o contrário. Já comprei garrafas de 75cl, com vinho muito mau, que davam para comprar 50 litros de vinho bom. Cada um tem o seu paladar, por isso o meu conselho é: vão bebendo!

montes-claros

Amoras, Lisboa tinto 2010 Reserva, 13,5% de álcool, Touriga Nacional, Castelão, Syrah e Alicante Bouschet, 9 meses em carvalho português e francês. Continua uma pomada do caraças. Com sabor amora, xarope de amora com uma acidez escondida e agrura quanto baste. Continua bom como o de 2009.

Montes Claros, Alentejo tinto 2012 Colheita, 13,5% de álcool, Touriga Nacional, Aragonez e Syrah, com um sabor bem combinado entre o ácido, o doce e o adstringente. Um vinho bastante macio, quase leitoso. Bastante melhor, no primeiro impacto, do que o Reserva de 2010.

Porta da Ravessa, Alentejo tinto 2013 Reserva, 13,5% de álcool, Trincadeira, Aragonez, Alicante Bouschet e Cabernet Sauvignon. Não tão bom como o de 2008, mas ainda assim consegue-se beber sem torcer o nariz.

Proeza, Douro tinto 2012, 13,5% de álcool. Quando o comprei pela primeira vez, aqui há 2 meses, pensei que era o fantástico Proeza Dão, que era de outro ano e que tinham mudado de garrafa. Só quando cheguei a casa é que vi que era um Proeza Douro. Mas não é assim tão proeza como isso, infelizmente. É um Douro fraquinho e não reflete de todo o que há de melhor na região. Uma mistura mais doce que ácida, de um corpo açucarado e pouco cuidado. Melhor que o Porta da Ravessa, mas deixa muito a desejar a um Douro.


Um comentário a “Bom e barato”

  1. Os vinhos portugueses tem uma diversidade incrível – e muitas vezes experimentamos alguns que deixam a desejar, apesar do preço alto. Mas, no Brasil, entre os vinhos estrangeiros, são o que ainda apresentam o melhor custo x benefício.

Responder a Renato Rodrigues da Silva Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *