Dois vinhos já com uns anos, e com um sabor da passagem do tempo. Dois vinhos que já perderam o impacto inicial e exuberante da fruta acabada de esmagar, mas que retêm bastante presente a frescura da uva entrosada com sabores do mais além… Percebem-se melhor os vinhos, bebendo-os em conjunto: um golo de um,…

Monte Burguês, Alentejo tinto 2014 Colheita, 13,5% de álcool, sem madeira. Doce e ácido, quase um Douro. Redondo e pungente. A fugir aos tradicionais alentejanos. Gostei.

Serradayres, Tejo tinto 2014 colheita selecionada, 13% de álcool, Castelão, Trincadeira e Touriga Nacional. Um vinho fresco, novo e acre, muito apreciado por este blog.

Cistus, Douro tinto 2008, 15% de álcool, Touriga Nacional. Estágio de 15 meses em barricas novas de carvalho francês. Amora, madeira, fumo e açúcar. Denso, complexo, forte e alcoólico. Gostei, mas contento-me com vinhos 5 ou 6 vezes mais baratos.

Cartuxa, Alentejo tinto 2004 Colheita, 14% de álcool, Aragonez, Trincadeira, Alfrocheiro e Castelão. (errata: estamos em 2015 e não em 2005, como digo no vídeo) Bela pomada. Caramelo e amora, redondo e encorpado como é normal no Alentejo e no Cartuxa.

Bonavita, Palmela tinto [sd], 14% de álcool, Touriga Franca, Tinta Roriz, Castelão e Syrah. Um doce de amora encortiçada, redondo, e o álcool sente-se…

Xavier Santana, Palmela tinto 2012 Reserva, 14% de álcool, Castelão, 12 meses em carvalho americano e francês. Este vinho mostra a casta Castelão tal como eu a concebo: áspera, intensa, forte, concentrada, encorpada. Este vinho tem tudo em grande: o sabor, a força e o corpo. Bem elaborado, bom para quem gosta de vinhos fortes.

Terras do Sado, Setúbal tinto 2014, 14% de álcool. Castelão, Trincadeira, Aragonez, Cabernet Sauvignon e Alfrocheiro. Um sabor doce pungente a amoras, cortado por um toque acre e ácido q.b. deixando um final quase de groselha.

Carqueijal, Douro tinto 2012, 13,5% de álcool, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Barroca. Estágio de 4 meses em carvalho francês e 4 meses em garrafa. Doce, forte, corpo. Peras cozidas com vinho do Porto.

Q do E, Bairrada tinto 2013, 13,5% de álcool, Baga e Merlot. Acre temperado por um substrato doce e áspero a lembrar framboesa. No geral, diria que tem um sabor a pimento doce. Um sabor muito próprio, excelente.