Magnum 46 x 3


Tive que carregar a Magnum 46 3 vezes. Entretanto passou-se um dia e hoje a história é outra.

Cancellus, tinto, Douro Reserva 2003, 13% de álcool. Diz-vos alguma coisa? A mim não dizia nada. As castas principais são a Touriga Franca, a Tinta Barroca e a Touriga Nacional. Estagiou em barricas de carvalho e depois em garrafa nas caves do produtor, na zona de Vale do Corgo, Alto Douro, Vila Real. Um vinho doce seco, bem envelhecido, carmim acastanhado, infelizmente clarificado, mas no fim de contas, valeu a pena. Se me vendessem isto como um vinho de 30? eu comprava, mas custou apenas 3.95?! Acompanha bem carnes vermelhas, queijos secos e Magnum 46.

Um rótulo sóbrio e bem desenhado, a fazer lembrar os franceses de eleição da zona de Bordéus. Comprei-o numa mercearia, junto das novas instalações. Entrei na loja para comprar linho para reparar uns canos e vi o letreiro: “Visite a nossa garrafeira”. Fiquei logo alerta. Procurei as garrafas no meio daquele labirinto de venda de pensos higiénicos, cervejas da marca Imperial fresquinhas e barras de sabão azul e branco. Lá as encontrei: protegidas por um papagaio centenário que balbuciava umas palavras de aviso quaisquer sempre que eu pegava nas garrafas mais caras.

Eram todas filhas únicas. Esta inclusive. Mas há lá umas que hei-de provar. Uma delas é um vinho francês mise en bouteille au chateau, de 1993, e outra é da África do Sul de 1994. São as próximas. Alguém quer alinhar?


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