Cabeça de Toiro, Ribatejo tinto 2000, 13% de álcool, casta João de Santarém, estágio em carvalho.
Uma experiência do outro mundo. Um vinho com 17 anos, a rolha desfez-se toda, mas vedava. E eu tive receio em comprá-lo na mercearia daqui da aldeia.
Madeira e velho, ervas secas selvagens e fortes, talvez esteva, até parece um licor daqueles estranhos tipo Unicum, um licor beirão magiar. Algum corpo, apesar da idade, a idade deslaça os vinhos. Uma frescura desde o início, assim como alguma doçura, e aspereza. Licor de café? Talvez.
Um vinho de cor castanha, e dourada nas bordas do copo. Um corpo que foi deslaçando com o tempo. Uma raridade.