Ao almoço abri um Borgonha por insistência do Tullius Detritus, que veio ao Château fazer uma visita gastronómica. Diz o gajo que umas amigas dele – bêbedas francesas – afirmam que o melhor vinho francês é da Borgonha. Eu acho que o vinho da Borgonha é uma bergonha.
Ao jantar abri um Bergerac. Mais um vinho nacional. Mas este foi um dos melhores vinhos dos últimos tempos. É um vinho com uvas de agricultura biológica e, além disso, sem sulfitos. Diz o produtor:
Vin issu de vignes cultivées en agriculture biologique. Vendage a la main. Il n’y a dans cette bouteille que du raisin bien mûr. Nous n’avons ajouté rien de plus, ni levure, ni colle, et notament pas de dioxide de soufre (SO2). Elevé 6 mois en barrique. Vin de garde. Bio et fier de l’être! Merlot 60%, Cabernet franc 40%. Aucun ajout de sulfites.
O vinho chama-se Cuvée Osons, tinto 2007 Bergerac, 13% de álcool, Merlot e Cabernet franc, 6 meses em carvalho. Sabe bem, bebe-se bem, e não se sente a agressividade de vinho novo. Mais encorpado que o bergonha. Note bem o leitor que um vinho sem enxofre não pode ser guardado muito tempo, pois as bactérias transformam-no em vinagre.(1) Por isso, se o comprar, beba-o!
(1) Das lições de Ali o químico