A tajina ensopada é prima da vagina encharcada, um prato típico português. E a almoçarada hoje foi toda no âmbito da cozinha tradicional.

Começámos com uns queijos de origem gálica e não só. Para acompanhar, enchemos os copos com um Cabeça de Burro, Douro tinto 2005, 13% de álcool, Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinta Barroca. Um standard da casa, um vinho do Douro, um vinho bom! Mas o que é bom acaba depressa.

Mais umas entradas – alheiras e outros enchidos – e mais uma garrafa de vinho. Passámos para um Takler, Szekszárd (Hungria) tinto 2007, 13,5% de álcool, monocasta Kékfrancos. Um vinho difícil (para não lhe chamar nomes), a fazer lembrar o Chã um pouco mais diluído, mas ainda a sobressair o sabor a goiaba.

Chegaram as sardinhas e com elas, mais uma garrafa. Thummerer, Egri Bikaver Védett Eredetü Bor (Hungria) tinto 2004, Sangue de Boi (a mim pareceu-me mais sangue de porco, mas não estava constipado!), 13,5% de álcool. Mais frutado que o anterior, e o álcool também sobressaía mais. Este já se bebia!

Veio o ensopado de enguias cozinhado na Tajina (?????), e com ele abrimos um Trapiche, Mendoza (Argentina) tinto 2007, 13,5% de álcool, Cabernet Sauvignon. Mais frutado e equilibrado que os anteriores húngaros, com um travo suave a madeira, um vinho a re-provar.

Por fim, para acompanhar as sobremesas, abrimos um Adega de Pegões, colheita seleccionada, Terras do Sado tinto 2005, 13,5% de álcool, Touriga Nacional, Trincadeira, Cabernet Sauvignon e Syrah. Tem o travo típico do Sado, mas depois de respirar, ganha um sabor mais equilibrado e competitivo com os Douros e Alentejos.

E assim foi. Discutimos a possibilidade de fazer uma aguardente de medronho na candonga… mas depois damos mais pormenores.