Portugal profundo


Uma incursão pelo Portugal profundo mostrou-me que, se estivermos atentos, podemos encontrar pérolas debaixo de qualquer calhau à beira da estrada.

Numa tasca recolhida da estrada secundária por onde seguíamos, fomos surpreendidos por uma ementa de pratos típicos e antigos – nada de embúrgos e pisas. A sala era pequena, com 4 mesas para 6 pessoas cada, mas o suficiente para termos provado os carapaus alimados, o ensopado de enguias, a sopa de ovo com tomate, o entrecosto com migas e o porco preto com batatas. E ficaram muitas outras especialidades por provar, como o gaspacho com peixe frito, mas já não havia estômago. Estava tudo excelente. Para acompanhar bebemos uns vinhos.

Abrimos primeiro com um Monte do Enforcado, Alentejo tinto 2007, 13% de álcool, um vinho seco e com sabor ligeiro a madeira Gostei e vou prová-lo mais vezes. Bem, depois lá entrámos no restaurante e agora sim…

Chaminé, Alentejo tinto 2007, 13,5% de álcool, Aragonez, Syrah e outras, mais doce do que o anterior, mas não enjoativo apesar de novo. Foi uma reconciliação com a casa Cortes de Cima? Ainda não sei.


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