O FDS prolongado ainda vai no início, mas os vinhos não. Fica aqui o rol dos néctares da uva com casca.
Esporão Reserva, Alentejo tinto 2006, 14,5% de álcool, Aragonez, Trincadeira, Alicante Bouschet e Cabernet Sauvignon. Continua bom como sempre. Durante uns meses andei a beber vinhos com pouco álcool, mas decidi voltar a provar uns consagrados e acho que fiz bem. Complexo, madeira, fruta, doce, adstringente, encorpado e ácido se tem não se nota.
Altas Quintas – Mensagem de Aragonês, Alentejo tinto 2005, 14,5% de álcool, Aragonez. Excepcional. Mais adstringente que o anterior, e por isso marca mais presença, não se esquece facilmente, apesar do álcool. Mais um vinho do Paulo Laureano (que anda sempre com duas garrafas de álcool etílico no bolso).
Herdade dos Muachos, Alentejo tinto 2005, 13% de álcool, Trincadeira, Castelão e Cabernet Sauvignon. Carvalho francês e americano. Não filtrado nem estabilizado. Um vinho de António Saramago, um enólogo mais honesto que o anterior. Um vinho com mais acidez e com mais verdade.
Vinha Grande, tinto Douro 2003, 14% de álcool, um vinho da casa Ferreirinha o que é uma garantia de vinho bom. Doce, encorpado, acidez q.b.
Vinha Grande, tinto Douro 2005, 12,5% de álcool. Decidi comparar os dois, mas devia tê-los aberto pela ordem contrária. Este é mais ácido e mais novo, e por isso, de interpretação mais intelectual. No entanto, ao chegar ao fim da garrafa já abria outra se houvesse.
Na reunião extraordinária de chornalistas abrimos ainda mais duas garrafas.
Quinta do Ventozelo, Douro tinto 2005, 14% de álcool, Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz, 6 meses em carvalho. Um vinho suave, pouco encorpado, uma boa mistura de sabores ácido e doce.
Convento de Tomar, Tomar tinto 2006, 13% de álcool. Um vinho estranho com borbulhas, que talvez precise de ficar mais 100 anos a descansar na garrafa.