Vinhos da consoada


Parei à porta da igreja para mijar e o padre convidou-me para uns copos. Abrimos com um Carmim, Tinta Caiada, Alentejo tinto 2005, 13,5% de álcool. Acompanhámos com choco frito.

Depois passámos ao Carmim, Trincadeira, Alentejo tinto 2005, 13,5% de álcool. Tudo boa gente. Depois vieram mais duas tintas Caiadas, uma delas por engano. Tiveram que me levar a casa. Obrigado, gente!

No dia seguinte, voltei ao local do pecado onde a festa continuava. Quinta da Leda, Douro tinto 2007, 14% de álcool, um vinho sem mácula da casa Ferreirinha, uma mistura excelsa de sabores.

Lobata, Douro tinto 2006, Grande Escolha, 14% de álcool, Touriga Nacional (40%), Touriga Franca (40%), Tinto Cão (20%), 12 meses em barricas novas de carvalho francês de 225 litros. Recomendado.

Encostas de Provezende, Douro tinto 2005, 13% de álcool, menos bom que os anteriores.

Quinta De La Rosa, Douro tinto 2007, 14% de álcool, Tinta Roriz, Touriga Nacional e Touriga Franca com envelhecimento em cascos de carvalho francês. Um vinho razoável, mas nada mais que isso. Há melhores.

Na Estrela fui surpreendido com umas maravilhas do Dão. Quinta dos Termos, Dão tinto 2007, 13% de álcool, Rufete, Touriga Nacional, Trincadeira Preta e Jaen.

Grilos, Dão tinto 2005, 13% de álcool. Mais uma pomada esquecida do mainstream dos bêbedos nacionais.

Terminei no Lagar do Alva a comer umas caras de bacalhau com um vinho de 12 anos, que envelhecia a cada minuto que passava. Tive que o beber de um trago. Esporão, Alentejo tinto 1997, Trincadeira, 14,5% de álcool. Um néctar nos primeiros minutos, uma velha de 90 anos no fim do almoço. Deixei metade.

A consoada é uma gaja com as costas muito largas!


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