À falta de convivas, lá tive que comemorar sozinho. Comprei uns carapaus sem cabeça – que as moscas começam sempre pela cabeça – para fritar, e um pacote de litro de tinto(1) Camilo Alves(2) branco.
Regalei-me com três carapauzitos, que fui acompanhando com o belo Camilo Alves. Nisto, o gato saltou para a travessa e roubou-me o último carapau. Fui atrás dele, pela casa, até à varanda, encurralei-o e caí-lhe em cima.
“Passa para cá o peixe”, e meti-lhe a mão na boca, enquanto lhe apertava os maxilares. O gato engasgou-se e vomitou o peixe. Passei-o por água e terminei a refeição com mais um copo de CA.
O Camilo Alves é uma tradição no nosso país – a adega foi inaugurada em 1882 – e bem merece o elogio que lhe é feito neste blóguio. É bom para desinfectar a tripa e também cura as arranhadelas do gato.
(1) Sinónimo de vinho
(2) Agora que sou tio avô tenho que começar a comportar-me como tal, daí o Camilo Alves