Pela segunda vez na vida, fui às garrafeiras todas da zona comprar o stock de garrafas de um vinho. E adivinhem de que zona era esse vinho… Dão.
Nem Alentejo, nem Douro, mas Dão. Da primeira vez foi o Caves Velhas 1999. Comecei por prová-lo por sugestão do al. De início achei-o muito enxofrado e pouco ácido, mas depois comecei a tomar-lhe o gosto e comecei a apreciar vinhos com pouco álcool (este tinha apenas 12%). Entretanto o vinho começou a rarear, o preço começou a subir, e fui comprar as garrafas todas que havia nas redondezas.
Desta vez foi o Outeiro, Dão tinto 2007, 13% de álcool, Alfrocheiro, Touriga Nacional e Tinta Roriz. Um néctar do amigo Álvaro de Castro, um grande amigo deste blog. Um sabor redondo, um doce suave e contínuo, um Dão típico, sem espinhas. O preço está convidativo e o sabor cada vez melhor. Trouxe as garrafas todas. Espero que ainda haja no distribuidor.
Vila dos Gamas, Alentejo tinto 2012, 14% de álcool, Alfrocheiro, Aragonez, Castelão e Trincadeira. Um vinho com muito álccol para o meu gosto. Só o comprei por causa do Alfrocheiro e porque já tinha bebido um Vila dos Gamas monocasta (Alfrocheiro) excecional. Mas este, apesar de razoável e de ter um sabor equilibrado, não foi do meu agrado.
Monte Bravo, Douro tinto 2007, 13,5% de álcool. Áspero, doce e ligeiramente encorpado e amadeirado. Continua bom. Um vinho de confiança.
Fialhoza, Douro tinto 2011 Reserva, 13,5% de álcool, Tinta Roriz (40%), Touriga Franca (30%) e Touriga Nacional (30%). Continua um pouco acre, mas a mistura de sabores parece ter melhorado desde o ano passado. Desta vez pareceu-me mais doce e a acidez também estava qb, talvez mesmo de fruta tropical. Tenho que voltar a provar.
Cepa Alentejana, Alentejo tinto 2010, 13,5% de álcool, Castelão, Trincadeira e Alicante Bouschet. Com uma acidez pouco comum nos vinhos do Alentejo, um vinho capaz de rivalizar com os durienses que cada vez mais se afastam dos seus sabores originais. Gostei.