Na semana passada fui à Casa da Morna comer um Calulú de Peixe. É um prato típico de S. Tomé, feito com peixe seco e fumado, cozinhado num molho com óleo de palma, leite de coco, e uns vegetais locais (ossame, etc). É um dos meus pratos sãotomenses preferidos, mas tem que ser bem feito. O peixe tem que ser forte – cavala da Índia, por exemplo – e bem seco, para não se desfazer no guisado, e fumado para lhe dar o travo característico.
A versão lisboeta que comi é apenas uma aproximação: pouco óleo, leite de coco nem dei por ele, o peixe seco (dourada?) desfez-se todo e o ossame foi substituído por quiabos. O prato era saboroso, mas não era o calulú que eu esperava.
Para acompanhar mandámos abaixo umas garrafas de Herdade do Pinheiro, tinto alentejano, 13,5%: Trincadeira, Aragonês e Cabernet Sauvignon… Um vinho médio: não era uma zurrapa, mas também não era uma excelência.