10 anos é muito tempo, mas a estes vinhos 10 anos os separam. E curiosamente as diferenças não são muitas. Um é mais velho e nota-se isso na cor, no sabor de ataque e na persistência. Mas o corpo e a frescura são semelhantes, curiosamente…
Dory, Lisboa tinto 2012 Colheita, 13,5% de álcool, denso, encorpado, frutos silvestres negros, meio doce, meio acre, leitoso. Roxo e com bolhas persistentes. Gostei bastante, mesmo.
Borba Garrafeira, Alentejo tinto 2002, 13% de álcool, Trincadeira e Alicante Bouschet, com estágio de 6 meses em madeira e 16 meses em garrafa. Acastanhado – parece quase aquele líquido saído da garrafa oriental do velho Atílio, no penúltimo eposódio d’O Casarão. (ver mais). Um Must. As bolhas morrem quase instantaneamente, um forte toque a velho, mas um sabor, em substrato, de vinho fresco, leve e ácido. Arriscado, mas valeu a pena; gostei. Fez-me lembrar aquele Cartuxa no Manuel Azinheirinha (Escoural).